O que pensamos sobre este momento que estamos a viver na Educação...
Sobre a aprendizagem online de emergência que esta a ser implementada em Portugal e em muitos outros lugares do mundo, para dar resposta ao fecho das escolas, provocada pela pandemia do coronavírus, nós partilhamos da seguinte opinião:
Não há alternativa melhor para o momento. Não será a maravilha do mundo, há muitos desafios, principalmente porque cada criança terá um universo particular familiar, e por isso, são muitas variáveis a considerar para determinar uma boa solução e esta não será alcançada rapidamente.
Apesar disso, acreditamos que este processo trará mudanças muito positivas na sociedade, especialmente na promoção da literacia digital das famílias e no desenvolvimento de um modelo de educação mais moderno, que vem sendo pedido há muito tempo, mas desenvolvido lentamente.
Nós somos promotores ativos da aprendizagem suportada pela tecnologia e queremos por isso deixar algumas sugestões para que tenhamos os melhores resultados com esta experiência:
- Os professores terão um papel fundamental de suportar as dificuldades tecnológicas dos alunos e famílias, para tal, precisam ser preparados para isso. O Min. da Educação e as escolas devem formar estes profissionais em caráter urgente. (Já estão a começar a fazer pelo que sabemos.)
- É preciso diminuir as exigências de aprendizagem para este ano letivo porque a adaptação a mudança em si já será um processo de aprendizagem e o foco não pode ser só no conteúdo e resultados. Além disso, não é saudável estarem tanto tempo na frente de um computador e portanto, devíamos nos preparar para aprender num ritmo menos acelerado. (Vemos aqui uma excelente oportunidade!)
- Os pais, encarregados e alunos precisam ser pacientes e ter compaixão com os profissionais de educação que estão a “dar o litro” para se adaptarem às exigências da situação e cumprirem o seu papel da melhor forma.
- Devemos ajudar mais uns aos outros e estar atento às necessidades das famílias dos colegas dos nossos filhos, para tentar ajudá-los nas dificuldades. Somos todos agentes ativos na resolução do problema.
- Não devemos ter vergonha de pedir ajuda e de dizer que não sabemos utilizar as ferramentas ou que não percebemos as indicações. A nossa resistência e pessimismo muitas vezes vem do nosso medo de falhar, e se pedimos ajuda, ultrapassamos mais rápido as mesmas.